Cuba

Cuba à vista!

07 abr 2015

Estou viajando pra Cuba. E ir a Cuba tem o poder de despertar reações. De entusiasmo, indignação, interesse, tudo menos indiferença.

Mas o que parece unir os lados, em todos os campos ideológicos, é mesmo uma grande curiosidade. Como se este pequeno país da América Central, tão perto de nós, fosse um lugar exótico, algo estranho, mas profundamente fascinante.

Pra começar, Cuba é uma ilha. E uma ilha do Caribe, cercada por aquelas praias translúcidas que sonhamos ver ao menos uma vez na vida. Objeto de desejo de espanhóis, americanos e de turistas de todas as tribos, de mergulhadores a fãs de resorts à beira-mar.

Depois, esta ilha tem sua história singular. Que inclui, mas vai muito além, logicamente, dos últimos cinquenta anos de socialismo (apesar de muita gente se esquecer disso).

Mais de quatro séculos de colonização e encontros culturais não aparecem apenas nas praças, catedrais e palácios de Habana Vieja, Patrimônio Nacional da Humanidade.

Mais de um milhão de escravos africanos, que chegaram a ser maioria na população, fundiram suas tradições às referências europeias (isso te lembra alguma coisa?) e inventaram uma cultura original e cativante.

A rumba, o mambo, a salsa. O que seria da música latino-americana sem Cuba? Na raiz da maioria destes ritmos está o son, uma combinação única de ritmos africanos e melodias espanholas surgida no final do século XIX. Você pode ver e ouvir seus melhores intérpretes em Buena Vista Social Club, o documentário de Wim Wenders que ganhou o mundo em 1998.

O son e as danças tradicionais estão na alma de Cuba, assim como o famoso Ballet Nacional, os esportes, a literatura.

Em suas praias, o escritor norte-americano Ernest Hemingway conviveu com o pescador que inspirou O Velho e o Mar. Comemorou os prêmios nos bares de Havana, famosos até hoje, entre copos de rum cubano, mojitos e daiquiris.

Muita coisa mudou desde os anos cinquenta, quando a cidade era a capital da máfia, do jogo e da prostituição. Muita coisa mudou depois os barbudos desceram das montanhas do leste para derrubar o ditador Fulgêncio Batista. E muita coisa permaneceu.

O que eu vou encontrar? Um momento interessante, com certeza, depois do início da flexibilização do embargo americano a Cuba.

Tenho conversado com cubanos por telefone ou internet. Dezenas de sites oferecem estadia boa e barata em suas residências.  Grandes hotéis estão lotados mesmo fora de temporada.

Enquanto pesquisava para a viagem, agências americanas ofereciam tours culturais para a Bienal de Arte que ocorre agora em Havana. E eu vou estar lá!

Conhecer Cuba inteira é coisa para pelo menos duas semanas. Nos 10 dias que me cabem, vou gastar mais tempo em Havana. Mas não resisti à tentação de dar uma volta na ilha.

Conhecer as praias de Varadero e dos Cayos (oba!), a histórica Trinidad, os campos de tabaco do leste (na época da colheita!) e Santiago de Cuba, a capital da música e da revolução aos pés de Sierra Maestra. Um tour de reconhecimento pra mim e pra quem tiver Cuba em seus planos de viagem.

Deu água na boca? Acompanhe o dia a dia de nossa viagem nas redes. Até onde a internet cubana permitir, vou estar postando tudo aqui e principalmente no Instagram. Não vai querer perder, né? Então, siga o Outras Terras lá também: www.instagram.com/outrasterras

Pra começar, uma olhada rápida em minhas casas cubanas. Até Havana!

Minhas casas em Cuba

por Cassiana Pizaia
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