Foz do Iguaçu: dicas de como ir, circular e o que fazer em 3 dias
Foz do Iguaçu nunca sai de moda porque tem muito de quase tudo o que os turistas gostam. Das Cataratas do Iguaçu, Patrimônio da Humanidade, à maior usina hidrelétrica do mundo. De florestas preservadas a grandes centros de compras. Diversidade cultural e jeito de cidade pequena.
Uma olhada no mapa ajuda a entender como tantas atrações cabem neste canto do Extremo oeste do Paraná. É ali que dois rios gigantes se encontram, geram beleza e energia elétrica, cercados por um parque nacional e duas fronteiras internacionais.
A estrutura acompanha a variedade de atrações. Acomodações de luxo cercadas por hostels descolados. Bons restaurantes, atrações para crianças, passeios, museus.
Tudo isso com acesso fácil e distâncias que permitem sempre um roteiro interessante mesmo que seja preciso espremê-lo em um feriado prolongado.
Nestes casos, o roteiro clássico sempre funciona: cataratas argentinas ou brasileiras, Itaipu, compras no Paraguai, free-shop e a deliciosa carne argentina em Puerto Iguaçu.
Mas o que já é bom fica ainda mais interessante quando a gente conhece um pouco mais cada um destes lugares. Você vai perceber que as famosas quedas guardam mais do que paisagens maravilhosas, que Puerto Iguaçu vai muito além que um ótimo bife de lomo e que o Paraguai pode ser mais simples quando você entende a lógica da fronteira e sabe onde ir.
Se tiver um pouco mais de tempo ou puder voltar, – e a gente sempre quer voltar a Foz – vai descobrir outras atrações, novas ou menos divulgadas. Lugares e experiências que vão se encaixar no perfil de cada uma das pessoas que a gente encontra pelas trilhas das cataratas. Famílias, casais em lua-de-mel ou com bebê de colo, grupos de idosos, mochileiros, turistas em excursão ou jovens aventureiros.
Afinal, Foz do Iguaçu, com sua mistura de paisagens e povos mais unidos do que separados pelas três fronteiras, é mais do que a cidade das cataratas.
É o que vou contar em detalhes nos próximos posts sobre a nossa viagem às três fronteiras.
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O que você precisa saber antes de ir – Guia básico de Foz do Iguaçu
Melhor época
Não falta programa em nenhuma época do ano. O verão é melhor para aproveitar as piscinas nos hotéis maiores e algumas atrações dos parques, como os passeios de barco e caiaque, e se molhar sem medo na névoa das cataratas.
Mas é também o período mais caro e lotado. Os hotéis estão cheios, há filas enormes para entrar nos parques, na Argentina e no Paraguai.
Se for viajar nesta época, reserve hospedagem com bastante antecedência, se prepare para o calor forte e o tempo de espera nas principais atrações.
Como ir a Foz do Iguaçu
DE AVIÃO
O Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu fica a 13 quilômetros da cidade e recebe voos diretos das principais capitas. Como a demanda é grande durante o ano todo, não é fácil encontrar passagens promocionais. Pesquise com antecedência.
DE CARRO
O principal acesso é pela Br 277, que atravessa o estado do Paraná. A partir de Curitiba, são 630 km de rodovias pedagiadas, grande parte com pista simples.
O movimento de caminhões é grande já que a estrada é rota para o Porto de Paranaguá. No verão, quem vem de carro atravessa as belas paisagens cobertas de plantações do interior do estado.
DE ÔNIBUS
A viagem de ônibus até Foz do Iguaçu demora cerca de 15 horas a partir de São Paulo e 14 horas desde Porto Alegre. A rodoviária fica na Avenida Costa e Silva, a menos de quatro quilômetros do centro. Tem serviço de informações, ponto de ônibus e de taxi.
O que fazer em Foz do Iguaçu – Roteiro de 3 dias
Em três dias, em esquema puxado, você conhece o básico do básico.
No primeiro, as Cataratas do Iguaçu do lado brasileiro e o Parque das Aves.
No segundo, pode fazer o tour por Itaipu e passar pelo museu ou pelo Refúgio Biológico da usina. Sobra tempo para conhecer um pouco a cidade e alguns pontos turísticos como a Mesquita e o Templo Budista.
O terceiro dia ficaria para o lado argentino. O percurso pelas cataratas em Puerto Iguazu é bem mais longo e demorado, vai tomar boa parte do dia.
Sobrando energia, dá para passar no free-shop e jantar em Puerto Iguaçu. Se for encaixar o Paraguai, é melhor ir bem cedo para ganhar tempo e fazer o passeio mais básico de Itaipu à tarde. Ou então, abrir mão da Argentina, o que seria uma pena.
O ideal mesmo é ficar pelos menos 5 dias. Daí é possível escolher os passeios opcionais dos parques, conhecer as novidades, explorar mais Foz e Puerto Iguazu e entender melhor a região da fronteira.
Se estiver em um hotel maior, provavelmente vai querer tempo para aproveitar a estrutura de lazer.
Onde ficar
Foz tem acomodação para todos os estilos e bolsos. Um post com algumas boas opções também vai estar aqui no blog nos próximos dias.
Como se locomover em Foz do Iguaçu
DE ÔNIBUS
Se você planeja usar o transporte coletivo, é mais prático se hospedar no centro de Foz. O Terminal de Transporte Urbano, de onde saem ônibus de linha também para as Cataratas e para Itaipu, fica na Avenida Juscelino Kubitscheck, perto do centro e de vários hotéis. É um bom ponto de partida para as principais atrações da região.
A tarifa custa R$2,90 e o sistema funciona de forma integrada, ou seja, você pode trocar de ônibus no terminal sem pagar nova passagem. Das ruas laterais, saem ônibus para a Argentina e o Paraguai. Há pontos de parada nas principais avenidas.
DE CARRO
Foz do Iguaçu tem um sistema viário bem organizado, com vias de acesso rápido às Cataratas, a Itaipu e às fronteiras. Perto delas, você também encontra restaurantes, bares e outras atrações da cidade.
Para entrar na Argentina é preciso contratar um seguro de acidentes contra terceiros. O preço varia conforme o número de dias de viagem no país. Os argentinos costumam relevar a exigência quando o turista vai apenas até Puerto Iguazu.
Se for seguir adiante, além do seguro, você vai precisar de uma autorização para circular no país. Informe o funcionário da alfândega. Ele vai entregar o documento que depois será exigido na saída do país. O seguro pode ser comprado também em seguradoras em Puerto Iguazu.
Se estiver de carro alugado, converse antes com a locadora sobre o seguro.
Para ir ao Paraguai, melhor deixar o carro do lado brasileiro e atravessar a fronteira de taxi ou van. Com carro próprio, dá para estacionar em Ciudad del Este mas você vai enfrentar um trânsito bastante confuso depois da fronteira.
DE TAXI OU COM PASSEIOS CONTRATADOS
As distâncias entre as atrações de Foz são grandes o suficiente para encarecer uma corrida de taxi. Mas tudo depende de onde você está e do número de pessoas que viaja ou aceita dividir o transporte com você.
Vou dar um exemplo. Em janeiro de 2015, a agência que funcionava no meu hotel cobrava R$60,00 para fazer o passeio até as Cataratas, sem incluir o valor da entrada, se houvesse pelo menos três pessoas no grupo. De taxi, a partir do centro, a corrida custou R$50,00. Dividindo o valor da ida e da volta, R$100,00, por três pessoas, o taxi acabou saindo bem mais barato.
Se o seu hotel for na Avenida das Cataratas, vai estar mais perto do parque e a corrida até lá sairá mais em conta. Já para Itaipu, no outro extremo da cidade, pode não compensar. Converse antes com o taxista.
Lembre-se que os valores dos passeios também variam de uma agência para outra.
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